24 de outubro de 2016
A ilha do Dr. Moureau - H.G. Wells


Esse foi o último livro de H.G. Wells que me propus a ler ao longo desse ano e, graças a Deus, consegui completar esta missão quase hercúlea porque ô livrinhos chatos, Senhor! Sei que muitas pessoas têm as narrativas desse autor como referências quando se fala de ficção científica, contudo, sinceramente, tudo é muito mais permeado pela ficção do que pela ciência nessas novelas... Mas, vamos à história: 

Em uma viagem pelo pacífico, o jovem inglês Prendick, nosso narrador-personagem, acaba ficando á deriva no meio do oceano, pois o navio no qual ele viajava naufragou. Quase perto da morte, o rapaz é salvo por um médico muito estranho, tripulante de um outro navio bastante peculiar. Prendick descobre que eles estão indo em direção a uma ilha misteriosa e que todos os animais presentes na embarcação - e são vários - também têm como destino o mesmo lugar, no entanto a tripulação não suporta o médico e seu ajudante, um estranho homem que, para o nosso narrador, trata-se de um africano, mas descobrimos com o decorrer da história que ele não é nada disso... 
Ao chegar na ilha comandada pelo Dr. Moureau, "patrão" do médico que estava no navio, o capitão obriga Prendick a voltar para o meio do mar, sim, o ódio deles era tão grande pelo médico que decidiram descontar no pobre rapaz salvo por ele. Incomodado com a resolução, Moureau acaba permitindo que o jovem permaneça em sua ilha até que outro navio aporte em sua praia, ele fica agradecido, porém, em poucos dias, percebe que aceitar esse convite foi uma das piores decisões de sua vida... 
Prendick descobre que os animais no navio não foram levados à ilha por motivos banais, na verdade, o Dr. Moureau faz experiências com eles tentando transformá-los em seres humanos e falhando miseravelmente em muitos aspectos. Até o momento, os experimentos estavam sob controle, mas quando um dos homens-animais de origem carnívora experimenta sangue pela primeira vez... Todos os outros animais enlouqueceram e uma possível rebelião começa, agora, como escapar de criaturas meio humanas com sentidos animais em uma ilha no meio do nada? Você vai precisar ler para descobrir... 

Como dito acima, não gostei nada, nada desse livro porque não suporto a escrita de H.G. Wells, não sei se sou exigente demais, porém, acho que ele peca pela falta de explicações lógicas em suas obras, apesar de escrever no final do século XIX, suas narrativas não têm quase que respaldo teórico nenhum e se formos comparar com seu conterrâneo Júlio Verne, percebemos que não era um problema do período, mas, talvez, da falta de pesquisa de Wells... o que faz com que esta e outras histórias dele fiquem completamente obsoletas para um leitor dos tempos atuais, algo que decepciona muito...  
Se você já leu esse livro e gostou, diga nos comentários porque, estou curiosa para saber sua opinião! ^^ 

6 comentários:

  1. Efetivamente nunca li este livro, mas adorei A Guerra dos Mundos, mas o seu género é bem diferente do de Verne, mas a ideia subjacente à história do livro que li nada tem a ver com a dos escritor francês.

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    1. Ah, sim. Bem, infelizmente, já li A guerra dos Mundos, O homem invisível, A máquina do tempo e não gostei de nenhum deles. Acho que não sou bem o público-alvo desse autor =(

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  2. Oi, Andrea! Tudo bem?
    Não li esse livro, apesar da sinopse ter chamado muito minha atenção (não sei por quê, mas lembrei de um episódio de algum desenho que assisti na infância, onde tinha uma ilha e tinha alguém que fazia experimentos com meio-homem meio-animal).
    Uma pena ser tão mal escrito assim, a premissa tinha tudo para ser uma ótima obra de ficção-científica, mas pelo visto o autor não conseguiu.
    Bjs!

    -Ricardo, Lapso de Leitura

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    1. Oi, Ric! Tudo bem sim e você?
      Ah, menino se eu te contar a quantidade de de desenhos animados, séries e filmes que têm essa temática do "cientista louco fazendo experimentos em uma ilha" você fica besta. Infelizmente, para mim, Wells não conseguia escreve ficção científica! =/
      Bjss

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  3. Kkkkkkkk... O Wells é muito bom, pô. Sim, ele não explica os processos, mas se \/ocê parar pra \/er, \/ai sacar que li\/ros como O Homem In\/isí\/el, O Alimento dos Deuses e A Ilha do Dr. Moureau são críticas ao uso egoísta da ciência e uma análise das consequências e "aceitação" disso na \/ida humana. Esse tipo de abordagem também foi usado em Frankenstein de Mary Shelley onde a autora não te dá detalhes do processo de criação do monstro pois o ponto principal da obra é a relação criador e criatura, Deus e homem. Frankenstein criou o "monstro", mas depois o abandona a sua própria sorte. E é aí que a chapa esquenta. E o li\/ro t prende diante disso sem a necessidade de todas explicações científicas de como reanimar mortos. Kafka também bebeu um pouco disso em A Metamorfose. Kafka não te explica nem o porque, nem como Gregor se torna um inseto gigante. O que Kafka queria mostrar era como uma família reage diante de um membro que foi acometido por algum mal que o torna um in\/álido. Que o torna um fardo. Entende? Tal\/ez \/c não tenha captado a essência do obra do Wells. A "ficção científica" é só um pano de fundo. O autor, na \/erdade, é um crítico ao comportamento social.

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    1. Olhando por esse prisma é até interessante, mas achei o estilo dele muito maçante em todos os livros que li, logo, a crítica não foi bem aproveitada.

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