18 de setembro de 2016
#10 - Da Colina Kokuriko e Vidas ao Vento

Olá, pessoal! Depois de quase quatro meses sem postar nada a respeito da Maratona Studio Ghibli, finalmente, consegui assistir mais dois filmes e acabei não gostando muito deles... Acredito que isso se deva a todos os problemas pelos quais tenho passado de Abril para cá, pela temática das histórias, desenvolvimento arrastado... Não sei, só sei que demorei muito para me interessar por essas produções, mas vamos falar logo a respeito delas! 


Da Colina Kokuriko se passa no Japão dos anos 60 e nos mostra a vida de Umi, uma menina que perdeu o pai na Guerra da Coreia e por esse motivo vive com a avó e irmãs na pensão da família. A garota é extremamente trabalhadora e muito organizada, nunca saindo de sua rotina, mas, na escola, ela conhece Shun, integrante do clube de Literatura que está lutando com seus amigos pela revitalização do prédio onde sua sede fica (e, sério, o lugar é bizarro, como deixavam adolescentes ali?!). Eles se tornam grandes amigos e por esse motivo a menina deixa suas responsabilidades de lado para ajudar os meninos, juntamente com suas amigas, a reformar o prédio e impedir o fechamento das atividades extra-curriculares de lá. 
Contudo, Umi e Shun descobrem um possível "parentesco" que se torna um empecilho para o amor crescente entre eles, alguns segredos sobre suas famílias serão revelados e muitos problemas serão apresentados a esses jovens que precisarão de toda sua força e maturidade para ultrapassá-los. 
Particularmente, achei esse filme muito chato. Não consegui me identificar com as personagens nem com suas histórias e a produção, ao meu ver, é muito longa e cansativa. Uma pena. 


Agora, em Vidas ao Vento nós teremos uma espécie de biografia ficcional do engenheiro aeronáutico Jiro Horikoshi responsável pela criação de vários modelos de aviões-caça durante a Segunda Guerra Mundial e que possibilitaram ao Japão ter alguma chance de vitória durante o conflito. 
O longa começa quando Jiro era uma criança e divide seus sonhos - literalmente - com o então mais famoso projetista de aviões da época, o italiano Giovanni Caproni, antes dessa primeira experiência onírica o garoto queria ser um piloto, mas sabia que teria dificuldades por causa de sua miopia, e a conversa que tem com Caproni faz com que ele se volte para a área de criação e se torne um dos maiores profissionais desta em seu país. 
Durante a juventude, o rapaz conhece Naoko, uma moça de status bem elevado que padece de tuberculose, doença que ainda matava muita gente do início do século XX, ambos se apaixonam à primeira vista, porém a vida os afasta por muitos anos até que eles se reencontram e decidem ficar juntos pelo pouco tempo que ainda resta a moça. 
O filme foca muito na avião e em como isso era a vida de Horikoshi que se esquecia da família e a até mesmo de seu grande amor à beira da morte para continuar projetando seus tão sonhados aviões.  Notem, o foco do filme não é a guerra, ou o amor e sim essa paixão pela aeronáutica que Miyazaki (roteirista, diretor do filme e idealizador do Ghibli) e a protagonista têm em comum. Esteticamente, essa é uma produção muito bela, com uma trilha sonora igualmente encantadora, mas que não me impressionou muito, apesar de ter gostado mais dessa do que da primeira... 
Enfim, se você já viu um desses dois filmes me diga se gostou e por que gostou deles. Se não viu, não se sinta desencorajado por causa da minha opinião, afinal, cada um tem uma percepção diferente e pode ser que essas produções tragam algo a sua vida que não puderam trazer para a minha. =) 

2 comentários:

  1. Andrea! que saudade desse cantinho, tô sem tempo pra postar no blog e tô igual louca procurando blogs que precisam de resenhistas, assim fica mais fácil pra eu conseguir atualizar sem ficar sobrecarregada. Mesmo assim não esqueci do Leitora compulsiva <3
    Então, como você sabe, eu tô assistindo os filmes do Studio, e vi 4 até agora. Deixa eu compartilhar com você o que tô achando, lá vai textão:

    Eu adorei O castelo no céu, apesar de achar um pouco longo; Adorei especialmente pelo visual Steampunk, que eu amo de paixão, e as questões levantadas muito sutilmente a respeito da natureza, tecnologia e a relação do homem com tudo isso (parece bem característico das produções do Miyazaki, né?) Sobre os protagonistas, já notei que o Miyazaki é cheio de criar personagens femininas fortíssimas e memoráveis - Chihiro não me deixa mentir -, no caso dessa animação, Sheeta e a líder dos piratas, Dola, são incríveis! Aliás, percebe como os personagens de Miyakazi são completamente humanos? Não tem isso de pessoas totalmente boas ou más. A Dola, por exemplo, passa por uma mudança sensacional na animação, no final fui conquistada por ela também... O Pazu também merece destaque, percebe como ele é tão independente e tudo mais? Acho muito bacana isso, o Miyazaki trabalha suas crianças de uma outra forma, todas capazes e independentes e não sombras dos adultos... lindo, lindo <3 Agora, a relação da Sheeta e Pazu, por Tehlu, que coisa fofa!! O mais bacana é que Miyazaki nunca tenta levá-los para aqueles "romancezinhos inocentes", é amizade mesmo, pura e simplesmente! Ai, eu só tenho elogios para essa animação!!
    Agora, sobre Túmulo dos vagalumes, nunca chorei tanto com uma animação, nunca me senti tão desesperada e pensando em como gostaria de abraçar aqueles personagens e dizer que vai ficar tudo bem, de verdade, é uma história que dói, que aperta o coração e faz a gente se sentir impotente. Tecnicamente falando, acho que a animação falha um pouco, mas acho que a beleza brutal do enrendo supera isso. Incrível. Vai ficar gravado no meu coração por muito tempo.
    Logo em seguida eu assisti Ponyo, e achei que foi o mais infantil e leve dentre os que eu assisti. Apesar de ter gostado bastante, não me senti impactada de nenhuma forma, e gosto de histórias que o fazem. É como aquela frase do Kafka, que diz que um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós, penso isso para qualquer história. Mas gostei muito, sim!
    Depois eu assisti Totoro, e tava super ansiosa, já que ele é o mascote do Studio hahaha <3 Eu gostei muito das referência a Alice no pais das maravilhas e todos os simbolismos que a animação possui, e isso mostra que tem muito mais naquela história do que a gente consegue captar e absorver em uma única "assistida", por isso preciso ver outras vezes, já li algumas teorias a respeito dessa animação, dizem que foi inspirada em um caso que aconteceu no Japão em que uma garotinha foi estuprada e assassinada e sua irmã mais velha acabou encontrando seu corpo e disse que viu um guaxinim e um gato monstro. Bem, eu não pesquisei muito a respeito desse caso, mas pretendo fazer isso assim que assistir a animação novamente.
    É isso, por enquanto, quando eu chegar em Da Colina Kokuriko e Vidas ao vento eu volto aqui pra dizer o que achei, mas já estou receosa já que você não gostou tanto :(
    Vamos ver...
    Beijo, beijo! <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Gabi!! Obrigada pela consideração!! *___*
      Visitei seu blog recentemente e percebi que você está sumida. Imaginei que você estivesse ausente por causa da escola mesmo, estou com saudades também!!
      Fico feliz que ainda esteja participando da Maratona! Compartilho das mesmas opiniões que você! Espero que tenha uma experiência diferente com os filmes que não gostei (hahaha)
      Eu ouvi falar a respeito dessa lenda urbana sobre as origens de Meu vizinho Totoro, mas nunca pesquisei isso a fundo. Caso você tenha um site para indicar, eu agradeço.
      Espero que volte logo a postar no blog!!
      Bjss e boas leituras, filmes e aulas, lógico. =D

      Excluir

Comentar leva apenas alguns segundos...Sua opinião é muito importante! =D